Mulheres representam menos de 6% da população carcerária do RS

Mulheres representam menos de 6% da população carcerária do RS

Foto: Nathália Schneider (Arquivo/Diário)

A população prisional no Rio Grande do Sul e em Santa Maria apresenta números significativos, revelando uma complexa teia de crimes e variáveis sociodemográficas. De acordo com os dados fornecidos pelo Departamento de Segurança e Execução Penal da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), até a manhã de segunda-feira (4), o Estado conta com 43.298 presos, dos quais 40.774 (94,2%) são homens e 2.521 são mulheres (5,8%).

 

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Em Santa Maria, há 2.195 pessoas encarceradas no Presídio Regional, na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm) ou no Instituto Penal. Desse total, 1.105 estão pagando por crimes contra o patrimônio, que incluem furto, roubo, estelionato, entre outros.

 
Outros 558 estão presos por tráfico de drogas, 110 por crimes contra pessoas, 167 por crimes sexuais, 154 por porte ilegal de arma, e uma lista de outros delitos, como crimes relacionados ao Estatuto da Criança e do Adolescente, contra a paz pública, crimes de trânsito, contra a fé pública, e até dois por crimes ambientais.

 
Além disso, 439 pessoas estão cumprindo pena em casa, sob monitoramento eletrônico. Dentre essas, 173 estão envolvidas com tráfico de drogas, 136 com crimes contra o patrimônio, 77 com crimes sexuais, 23 com crimes contra pessoas, 14 com porte ilegal de arma, quatro com crimes de trânsito, e dois contra a paz pública.


No país

Confrontando os dados regionais com as informações nacionais referentes ao primeiro semestre de 2023, lançadas pelo Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), do governo federal, o Brasil tem uma população de 649.592 presidiários.

 
Desses, a maioria se encontrava em penitenciárias estaduais (644.305), seguidas por penitenciárias federais (489) e carceragens das polícias militares, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Federal (4.798).
Uma parcela significativa (190.080) estava em prisão domiciliar, com 92.894 sob monitoramento eletrônico (tornozeleiras) e 97.186 sem esse tipo de monitoramento.

 
O custo médio por preso no Brasil em dezembro de 2023 foi de R$ 2.978,13, enquanto no Rio Grande do Sul foram gastos R$ 2.628,79 para cada pessoa mantida presa.


Perfil dos apenados gaúchos


Homens

  • Raça – 65,38% brancos, 20,13% mistos, 12,96% pretos, 0,91% indígenas e 0,62% amarelos
  • Faixa etária – Maioria entre 35 a 45 anos (28,75%), seguido por 25 a 29 anos (19,16%) e 30 a 34 anos (18,26%)
  • Estado civil – 62,01% são solteiros, 26,06% moram juntos, 7,09% casados, com pequenas percentagens para outras categorias
  • Número de filhos – 52,04% possuem filhos


Mulheres

  • Raça – 66,37% brancas, 20,87% mistas, 10,20% pretas, 1,61 % indígenas e 0,95 amarelas
  • Faixa etária – Predominância entre 35 a 45 anos (30,23%), seguido por 46 a 60 anos (20,07%) e 30 a 34 anos (16,78%)
  • Estado civil – 59,08% são solteiras, 23% moram juntas, 9,05% casadas, com outras categorias representadas em menor percentagem
  • Número de filhos – 79,57% possuem filhos


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